O mundo anda muito rápido, dinâmico, comunicativo, fútil, descartável e principalmente superficial.
Antigamente conversávamos infinitamente mais uns com os outros, trocávamos mais sentimentos, olhares e sensações. Hoje as coisas estão mudando gradativamente e caminhando para uma superficialidade ímpar.
As crianças estão demorando para falar porque a comunicação está mudando de pessoal para virtual. Portanto o mundo está sim mais comunicativo, mas somente no virtual. Pessoalmente a comunicação é cada vez mais pobre e escassa.
Na verdade hoje é visto como “bacana” ter e não ser, ver e não ler, ser visto e não ser sentido. Valores completamente invertidos.
O que será das próximas gerações? O que vai acontecer com o futuro dessa humanidade que se comunica com milhares de pessoas ao mesmo tempo mas não tem profundidade com nenhuma delas? Lembra da expressão “jogar conversa fora”? Então, isso quase não existe mais e é tão necessário. As pessoas “engolem” tempo com o seu mundinho, e vão passar por essa vida correndo, focadas em si sem dar importância para o que de fato vieram fazer nessa vida. Será que andamos meio prepotentes achando que o nosso tempo por aqui não tem fim?
E os nossos filhos? Qual é a mensagem do mundo atual para eles? A única coisa que eu sei é que é rápida e nada profunda afinal, ninguém tem tempo para nada. Mas o mais importante nesse mundo de hoje é saber o que queremos passar para eles, e é ai que podemos reverter alguma coisa e mostrar profundidade para essas crianças. Precisamos focar em passar os ensinamentos e princípios essenciais. Vou te falar que é bem difícil competir com a superficialidade, rapidez e facilidade do mundo atual, mas é na persistência que formamos seres humanos decentes. A responsabilidade mais importante como pais não está em dar uma boa escola, brinquedos e bons médicos, e sim em nos comunicar com eles com profundidade e passar no dia a dia o que realmente importa nessa vida: olhar, escutar, falar, aprender, conhecer, sentir, valorizar, ensinar e respeitar o outro e com o outro!
Texto Thaís Vilarinho @maeforadacaixa