Cesárea para estrear,
Matheus não queria o berço e eu insistia,
Thomás logo que chegou em casa já dormiu do lado da minha cama.
Matheus chupou chupeta, Thomás chupou o dedo, e eu sou Fono.
Mamaram no peito até os 6 meses e depois peito e mamadeira. Peito até 1 ano mamadeira até uns 4/5, e novamente preciso dizer que: sou fono.
Matheus não queria saber de fruta, Thomás idem. Por isso, hora ou outra, comiam papinha de fruta industrializada.
Com o Matheus não trabalhei, com o Thomás já estava trabalhando.
Com o Matheus não tive ajuda em casa, com o Thomás tive.
Contra os livros ninei os dois.
O que é certo e o que é errado?
Antes sofria muito com o dito “errado”. Era muito perfeccionista e tudo tinha que estar certo, nos mínimos detalhes sabe?
Mas nesse mundo de “antes”, eu não era mãe. Foi nesse salto para a maternidade que meus conceitos começaram a mudar.
Na gravidez do meu primeiro filho achava que tudo se resolvia com bons livros e boa organização. Aí ele nasceu e “riu” da minha “super organização” e do meu super “manual de ser mãe”.
Para começar tive que deixar o perfeccionismo de lado. Mãe perfeccionista não tem como, quando a entrega é de corpo e alma. Essa nova e grandiosa função me exigiu ser, antes de tudo, flexível e deixar as coisas se encaixarem naturalmente.
Existiram coisas que eu tinha como certas que consegui realizar, mas também existiram muitas coisas que eu tinha como certas que simplesmente não funcionavam na minha realidade.
Acha que eu quis fazer uma cesárea?
Acha que eu queria que chupassem chupeta ou o dedo?
Acha que eu não tentava dar fruta?
Eu ficava ali, com a cabeça confusa em meio os ditos”certos” e “errados”. Perambulava entre eles até perceber a grande descoberta… certo e errado são relativos para cada realidade. Tive que aprender, na “marra”, a aceitar que o dito “errado” pode ser o mais certo para o que eu vivo com os meus filhos.
Hoje, as coisas “certas” e “erradas” se misturam, entrelaçam e se abraçam na minha mente. Ufa, fizeram as pazes. Agora não existe mais o que é certo e errado, e sim o que funciona para a minha realidade e a dos meus filhos.
Texto: @maeforadacaixa