A Ana é uma querida, acompanha o blog desde o começo. É uma super mãe fora da caixa! Tenho verdadeira admiração por ela…primeiro pelo sorriso que ela sempre carrega no rosto e segundo pela maneira leve e tranquila que ela conseguiu e consegue conduzir a vida dela e dos filhos depois da perda do marido e da irmã querida. Agora só para eu admirar ainda mais ela decidiu abrir uma franquia do Kumon no Brooklin, onde vai trabalhar com o que ama! Exemplo de força, e alegria e determinação para todas nós!
Leia a entrevista, você vai se emocionar e se surpreender!
MFC: Quanto tempo faz que o seu marido faleceu?
AP: 5 anos.
MFC: Como foi enfrentar a doença do seu marido com os meninos? Como foi lidar com a morte dele com dois filhos?
AP: Foi tudo muito rápido. Estávamos na Disney com os meninos quando o Gilberto foi chamado para uma reunião na Alemanha. Fiquei com os meninos em Orlando e 3 dias depois ele voltou para nos buscar. Estava com uma gripe forte. Chegamos no Brasil e uma semana depois ele fez um hemograma, foi trabalhar e à tarde quando o médico me ligou falou: seu marido está com leucemia. Ele foi internado para iniciar quimioterapia. Seriam 30dias internado. O tratamento para leucemia teve várias complicações e ele morreu após 45 dias. Durante o tempo da internação passei para os meninos que tudo iria dar certo, porque sempre tive muita fé que daria. Sai do sonho para o pesadelo. Mas eu não queria que os meninos sentissem como um pesadelo. A perda de um pai tão querido, tão presente já é dolorida demais. Eram muito pequenos, 7 e 3 anos.
MFC: Como foi iniciar uma vida só você e os meninos?
AP: Não foi fácil, não é fácil. Meu objetivo de vida mudou. Antes meu foco era um casamento feliz. E eu tive. Agora é educar os meninos como se o pai estivesse presente com responsabilidade, ética e com a maior alegria.
MFC: O que você acha importante dizer para uma mãe que passa por esse momento?
AP: A dor vai existir, o tempo passa e ela não vai embora, se transforma em saudades. Saudades também machuca. Mas temos a opção de não deixar que ela tome conta das nossas vidas. Isso eu não aprendi sozinha. Procurei ajuda de uma terapeuta. Acho isso fundamental. Ela me ajudou a encarar o luto de frente e olhar outras possibilidades e formas de eu ter momentos alegres.
MFC: Vc está sempre sorrindo e alegre ,e isso me da tanta força quando eu vejo, sei que já passou algum tempo, mas de onde você tira forças para ser sempre tão alto astral?
AP: Ah tenho momentos de tristeza. Choro e faço aquelas perguntas básicas ainda: por que comigo? Por que com os meus filhos? Tanta mulher brigando com o marido… e nós éramos tão felizes! Ai paro, olho para trás e exercito a gratidão. Deus me deu de presente viver um grande amor com uma pessoa especial. Ter sido muito feliz por 17 anos. Construir uma família com dois meninos lindos, responsáveis, carinhosos e que dão trabalho sim, às vezes muito!!! Como todas as crianças dão. E lembro que meu objetivo de vida agora é outro. Procuro estar sempre alegre e sorrindo porque é assim que quero as pessoas que estão próximas da minha família. Se eu não for assim, como posso querer ter gente alto astral por perto? Procuro fazer a minha parte.
MFC: Você sempre trabalhou mesmo depois de se tornar mãe?
AP: Sempre trabalhei com meu pai que tem uma empresa de terraplenagem e paisagismo, mas quando o Bruno nasceu, estávamos morando fora e parei de trabalhar. E como muitas mães eu também não me permitia ter babá. Pensava: Não trabalho, tenho que me dedicar! Depois o Artur nasceu quando voltamos para São Paulo, com dois filhos “sai da caixa” e contratei uma babá, a Jô, que está com a gente até hoje. Achei ótimo me dedicar só para os meninos e para o meu marido, mas com uma estrutura que me permitia fazer as coisas que me davam prazer. As culpas foram embora.
MFC: Soube que abriu um negócio a pouco tempo. O que te motivou a isso?
AP: Quando meu marido faleceu voltei a trabalhar na empresa da minha família. Eu minha irmã éramos muito próximas, trabalhávamos juntas, fazíamos tudo juntas: compras, almoços, idas ao cabeleireiro, pegar filhos na escola.Um ano e meio depois ela faleceu. Mais uma perda. Trabalhar com paisagismo me dava prazer, mas me ligava muito ao passado. Aos poucos fui percebendo o quanto era importante mudar e fazer coisas novas. Olhar pra frente. Começar de novo quantas vezes puder e for necessário. Como aquele filme ” O senhor estagiário”.
MFC: Explica um pouquinho sobre o seu novo trabalho.
AP: Antes de fazer engenharia, fiz magistério. Sempre gostei de trabalhar com crianças, pesquisei algumas franquias e decidi abrir uma unidade do Kumon no Brooklin. Além de desenvolver na matemática, português, inglês e japonês, o Kumon é um método individualizado onde a criança se torna confiante, concentrada e capaz de aprender pelo autodidatismo. A autoconfiança nas matérias reflete na postura da criança para alcançar seus sonhos e metas na vida. O Kumon tem uma filosofia que vem de encontro à forma como procuro educar os meninos.
MFC: O que você gosta de fazer fora a maternidade? Porque você acha importante termos outras coisas que nos motivam e que amamos fazer fora a maternidade?
AP: Coisas bem simples. Durante a semana tenho meu horário reservado para a drenagem e às vezes um almoço ou jantar com as amigas. Adoro cinema também. Sempre gostei muito de viajar. Viajo sempre com os meninos, mas sempre procuramos lugares novos que interessam a eles e a mim também. Nessas viagens não nos colocamos muito como mãe e filhos. Viajamos como se estivéssemos viajando com amigos. Cada um cuida da sua mala, da sua mochila no avião. Ah não poderia esquecer do futebol. Como os meninos amam futebol e comecei a levá-los aos jogos no estádio ( alguém tinha que fazer isso). Aprendi a gostar e às vezes torço mais que eles. Não acho que precisamos separar a mulher da mãe, até porque é quase impossível fazer isso. E acho que quando tentamos separar é que vem as culpas. Precisamos exercitar o equilíbrio dessas funções. Não precisa ser super-mãe e nem super-mulher.
Thais querida, que entrevista liiiindaaaa!!! A Ana é uma guerreira!!! Exemplo de força, determinação e alegria. Ana, desejo a vc muito sucesso neste novo projeto!!! Mil bjs.
Oi Zildoca, que bom que vc gostou! Bjos
Amei a entrevista com a Ana! Ela é minha amiga querida e minha irmã de coração . Acompanhei tudo e sempre estive próxima a ela quando o Gilberto faleceu. Realmente ela é uma guerreira e ao mesmo tempo uma pessoa doce e alegre! Eu a admiro muito! Parabéns pela entrevista!
Oi Jessica, que bom que gostou da entrevista! BJos com carinho!
Que linda entrevista!!!!
Dizem que Deus coloca em nossas vidas anjos para nos ajudarem em algumas situações. A Ana foi um deles. Mesmo sem me conhecer direito numa situação chata ela me ajudou muito alem de palavras de carinho e conforto.
Nunca vou esquecer
Mais uma vez Obrigada
Muito sucesso
Bjos Leandra
Oi Leandra,
Ela é mesmo uma pessoa muito especial! Bjos
Thais,
Parabéns pela entrevista.
Realmente a Ana é um ser humano admirável. Mulher forte e cheia de garra. Tenho um grande carinho por ela. Além de ser uma mãe dedicada e muito carinhosa ,é uma grande amiga. Ela sempre tem algo legal é motivador para te dizer. Ana!!!
Você é nota 1000!!!!
Oi Marta,
Concordo com vc! A Ana é bem assim mesmo! Bjos e obrigada por comentar! Bjos com carinho!