“Não importa se você mora em Londres ou em uma ilha no Pacífico.
Se você trabalha fora ou fica em casa.
Se é católica ou espírita.
Se é casada com o pai do seu filho, separada, ou se é mãe solo.
Nem se é mãe natural ou adotiva.
Tampouco importa sua classe social e a língua que você fala.
Pode acreditar, nada disso importa.
A maternidade é sim muito particular para cada mulher nas questões práticas, no caminho que você decide trilhar com relação a criar e educar os filhos.
Mas na hora que chegamos na nossa essência, no mais profundo dos sentimentos, somos todas iguais.
E é isso que nos une.
Por isso essa rede de troca e apoio que criamos por aqui é tão linda.
Não é pelas discussões sobre dar ou não chupeta, ou a dúvida de dar papinha a partir de 6 ou 10 meses.
Não é nada disso!
O que nos une são os sentimentos controversos que a maternidade traz. Essa sensação de cansaço e amor misturados.
O que nos mantém abraçadas, mesmo que a milhas de distância, é saber que compartilhamos do mesmo medo com relação a finitude da vida e do mesmo saudosismo quando vemos fotos antigas dos nossos filhos.
O que nos mantém ligadas é entender que se buscarmos pela perfeição a culpa vai encontrar morada.
É percebermos que somos humanas e não super heroínas, e que mesmo com todos os nossos defeitos, somos as melhores mães que conseguimos.
O que nos mantém juntas é descobrir que a maternidade realiza no silêncio para todas.
O que nos conecta é termos a mesma vontade de querer que uma fase passe pelo cansaço que algo nos causa, mas saber que vamos sentir falta do que se foi.
O que nos une é compartilhar a opinião de que a teoria é uma coisa e a prática outra, e que o melhor caminho é o nosso instinto.
A vontade de ser ombro amigo vem de saber que todas temos vontade de sumir, que choramos no chuveiro, assim como rimos a cada conquista dos filhos e que amamos o cheirinho que eles tem no pescocinho.
O que faz com que, mesmo sem nos conhecermos, sintamos essa sensação de que somos velhas amigas é saber que a maternidade nos transforma mais profundamente do que a metamorfose das borboletas.
Estamos juntas porque a nossa essência é universal!”
Texto: @maeforadacaixa